quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Cibercultura



O filósofo da comunicação, Pierre Levy, escreveu coisas importantes sobre Cibercultura num livro especialmente voltado para isso.
Para ele, o trabalho que anda sendo tecido na internet é algo valoroso que não deve ser descartado, ne tratado como algo inferior. Lendo o capítulo introdutório do material (que está livremente disponibilizado na própria internet), percebi a necessidade de Levy em defender com unhas e dentes a legitimidade da cultura virtual.
As coisas produzidas através da internet devem ser levadas em conta, e para ele o movimento de repulsa a isso se assemelha com a repulsa o rock n' roll, quando surgiu nos idos da década de 50.
Hoje, é indiscutível o grau de popularidade do ritmo musical, que se popularizou e ganhou inúmeras vertentes. Levy também compara com diferentes graus de popularização de mídias e tecnologias, evocando até Einstein para sedimentar as idéias que defende.
Nisso está contida uma idéia de valorização de uma produção coletiva, que prioriza a velocidade da informação. Trabalha também com a possibilidade real de um novo espaço de comunicação, que potencializa relações econômicas, políticas, culturais e humanas.

De fato, há de se convir que praticamente todos eeses aspectos mudaram de modo satisfatório com o advento da rede mundial de computadores. Com as redes sociais e programas de conversação podemos ampliar e manter as relações humanas com amigos distantes, parentes e até com pessoas de outros países. É perfeitamente possível criar empresas virtuais, sem a burocracia e necessidade de pagar impostos abusivos para se vender na rede; no âmbito político, tornou-se muito mais fácil acompanhar e cobrar uma postura dos candidatos políticos nas eleições.
Há ainda de se perceber os fenômenos recentes acontecidos com os mitos decaídos da mídia brasileira: Xuxa, Galvão Bueno, SandyJúnior entraram em choque com a realidade popular zombando das suas ações patéticas e tendo voz para tal. É a movimentação da cibercultura!
No capítulo introdutório ainda é discutida a questão polêmica do acesso digital, que infelizmente não é para todos e não distribui de maneira uniforme, terminando por ficar concentrada nas Justificarmãos de quem tem maior poder aquisitivo. É por conta disso que existem as dicussões sobre inclusão digital, ganhando um olhar esperançoso e confiante a respeito do que se discute e se produz no ambiente de trás das telas de lcd.

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